O Nosso Projeto

A nossa escola manamiga é o resultado daquilo que acreditamos profundamente: que o conhecimento e a partilha no movimento das mulheres são as forças necessárias para as mudanças que o nosso planeta precisa.

O feminismo é feito do conhecimento aliado à ação. É uma praxis que possibilitou às mulheres perceberem como poderiam mudar a sua realidade e a de outras. Essa aprendizagem que se materializa no dia-a-dia de cada uma de nós, em pequenas ou grandes ações, é aquilo que a Escola manamiga quer criar em conjunto com todes.

O que é uma escola feminista?

Uma escola feminista desenvolve atividades e cursos que entrelaçam a teoria e a prática. Em encontros, debates, dinâmicas e workshops, a escola manamiga se propõem a desenvolver o pensamento crítico e a mobilização necessárias para construção de um futuro justo com todes. Acolhimento, partilha e inclusão de diferentes perspectivas fazem parte da nossa escola feminista.

Queremos chegar a todes. Precisamos conhecer muitos feminismos e muitas histórias de outros movimentos, de outros lugares, utilizamos o feminismo interseccional como metodologia. Gostamos de integrar correntes, professores e ativistas, para reunir vontades em torno de uma discussão mais ampla.

Afinal, o que se aprende numa escola feminista?

O nosso universo de conhecimento e de ação é muito vasto, porque o feminismo é um movimento que pretende reimaginar um futuro melhor para todes, a ser antissistema. Precisamos refletir sobre a história, mudar a nossa cultura e os nossos hábitos, buscar uma nova forma de comunicarmos uns com os outres: queremos repensar as nossas relações e a nossa postura política.

Podemos aprender mais sobre os diversos tipos de feminismos, a história de muitas mulheres revolucionárias e correntes teóricas.
Vamos desconstruir mitos e conceitos estereotipados, a refletir sobre mulheres, género, raça, corpos dissidentes, suas relações e vivências. O feminismo envolve a academia toda, o direito, a economia, literatura, estética, ética, filosofia, artes. Vamos repensar a partir da perspectiva das mulheres, todes elas. 

Quem vai dar aulas?

Para uma escola feminista precisamos de todes, professores com conhecimento académico, militantes e ativistas. Vamos compreender com a nossa comunidade o que gostavam de estudar, de discutir e de partilhar. Os currículos e graus académicos, os projetos de investigação, são tão importantes quanto a experiência pessoal e o lugar de fala. Nossa escola feminista manamiga é uma rede de encontros que mudam nosso entorno.

Para quem?

A escola é para todes e é por isso que os professores ou aulas não seguem um formato pré-estabelecido. Pensamos em vivências que façam diferença na vida das pessoas e em teorias que possam ser discutidas e repensadas. Queremos que a escola receba e acolha pessoas com experiências diversas, que venham de muitas realidades. Essa troca é o terreno fértil que buscamos.

Onde serão as aulas?

Estamos no Largo Residências, no Quartel do Largo Cabeço da Bola, e muitas aulas serão lá, mas também vamos circular e estar em muitos lugares, outras organizações, em espaços culturais, em escolas, em bares, onde houver uma de nós.

Eu decidi que não há nada de errado em se considerar feminista. Então, eu sou uma feminista e todas nós deveríamos ser feministas, porque feminismo é uma outra palavra para igualdade.
— Malala Yousafzai, Ativista pela defesa da educação.
Eu nunca me senti inferior. No entanto, ‘ser mulher’ relega toda mulher a uma condição secundária.
— Simone de Beauvoir, Filósofa.
A história das mulheres é o principal instrumento para a emancipação das mulheres.
— Gerda Lerner, Historiadora.
Se queremos dar a todo gênero feminino – e não apenas a poucas pessoas específicas – lugar nas estruturas de poder, precisamos pensar com mais afinco como e por que pensamos como pensamos.
— Mary Beard, Historiadora.
Enquanto mulheres estiverem usando poder de classe ou de raça para dominar mulheres, a irmandade feminista não pode existir plenamente.
— Bell Hooks, teórica feminista.
Scroll to Top